Hoje vamos falar de Veneza...
Que cidade linda! Cheguei lá com pouquíssima grana, mas o hotel já estava pago e tudo é muito caro, quando digo caro, é caro MESMO.
Fiquei lá 2 dias, mas foi o suficiente para conhecer toda a cidade. Ainda bem que tenho muita disposição para andar a pé, porque ou é a pé ou de barco.
Como a passagem do barco é cara, paguei 7 euros na ida e 16 na volta, então atravessava toda a cidade a pé.
Visitar a Basílica de São Marcos é legal e de graça. Já o Museu Correr, que tem uma exposição sobre documentos e mapas de Veneza custa 16 euros a entrada.
Para se ter a visão de toda a cidade do alto do Campanário, paga- se 8 euros. Optei por ver in loco e não pagar os 8 euros.
Infelizmente, não deu para andar de gôndola, custa 80 euros, me contentei em ficar admirando o passeio dos outros. É lindo. Todos os gondoleiros usam camisas listradas e chapéu, o banco das gôndolas é de veludo vermelho e eles vão tocando violino durante o passeio.
Embora não tenha comido em nenhum restaurante, fazia lanches e comprava iogurtes, frutas e queijos no mercado, vi que eles arrumam as mesas na frente dos restaurantes com lindas mesas enfeitadas com candelabros. Devo confessar que foi o único lugar em que senti falta de estar com uma companhia. Não há como não se contagiar com o clima romântico da cidade.
É uma cidade que exala romantismo.É a cidade dos apaixonados.
O canal é lindo, as pontes maravilhosas, as ruas são muito estreitas, com vários becos, todos muito parecidos. Eu me perdia direto, mas a sorte é que você roda, roda, e acaba saindo no mesmo lugar.
Em termos de atrações turísticas, não há muito o que se ver em Veneza, a cidade é a própria atração, tamanha é a sua beleza e o seu clima de romantismo.
A travessia de barco é muita rápida ( a pé você faz em 30 minutos) e a paisagem é muito linda, é impressionante ver todas aquelas construções dentro da água.
Assim encerrei minha primeira ida a Europa que considerei como meu grito de independência. Fui sozinha, com pouca grana, falando razoavelmente o francês, sem falar italiano ou inglês.
Confesso que planejei cheia de entusiasmo, sem medo nenhum, mas na hora de ir, me deu um friozinho na barriga e pensei: sou doida mesmo, me aventurando assim, mas vou ser honesta com vocês: foi a melhor coisa que fiz na minha vida.
Fui casada por 17 anos, enviuvei aos 35 com uma filha de 12 e um filho de 15 e desde então, vivi para eles, coloquei na minha cabeça que iria dar a melhor formação que pudesse para eles e, todo dinheiro que ganhei na minha vida, foi investido nisso.
Deus foi muito bom para mim e me permitiu alcançar meu objetivo, hoje ambos são formados, casados, independentes financeiramente e vivem a própria vida.
Nesse ponto da minha vida, comecei a me questionar, o que vou fazer agora? Querer viver a vida deles ? Viver em função dos netos?( já tinha visto esse filme, pois minha querida e heroica mãe agiu assim com todos os 5 filhos e não foi legal nem para ela e nem para nós).
Comecei a sentir uma sensação de vazio em minha vida, como se já não tivesse mais nada a fazer nessa vida, então, me veio a ideia de ir para a Europa, que foi algo que sempre quis e nunca tive oportunidade.
Fui com a cara e a coragem e foi tão bom. Fez bem ao meu ego em todos os sentidos: me senti independente, capaz e de quebra, fiz o maior sucesso com os europeus ( leia diário de Paris 1: Europa sem censura ou Como se alimentar na Europa sem gastar um tostão e ainda se sentir poderosa- amazon e saraiva), sucesso esse, que não costumo fazer com os brasileiros.
Acredito que nessa fase da vida, com os filhos criados e objetivos profissionais já alcançados, está na hora de nos priorizarmos.
Foi a primeira vez na minha vida que me coloquei em primeiro lugar e garanto que ser egoísta, não estou falando em ser insensível, é muito bom.
Todos nós merecemos nos gostar, estamos sempre gostando mais do outro do que de nós mesmos. Pôxa, nós viemos a esse mundo para sermos felizes. Então vamos ser, né? É mais fácil ser feliz do que infeliz, podem ter certeza disso.
Amanhã vou contar para vocês como estou organizando a viagem desse ano ( dia 11 de julho estou indo de novo, dessa vez, Paris/Bruxelas/Amsterdã/ Copenhague/Berlim).
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